Ao desejarmos a simplificação da linguagem e incentivar o modo de dizer e significar horizontal, um dizer de superfícies, esquecemos que algumas das possibilidades mais belas do pensamento são amputadas. Ao amputarmos o pensamento, impomos à imaginação uma condição mais obscura e incapaz. Ao incapacitar a imaginação, encurtá-la em seus universos imagináveis, tiramos o brilho, o valor da vida. Nada é mais assustador do que impor à vida a condição de superfície, pois se não nos é dada a possibilidade do mergulho, do salto, das profundidades e das alturas, que valor tem a vida?
Dito de modo mais simples: se simplificamos a linguagem, smplificamos o pensamento; se simplificamos o pensamento, simplificamos a imaginação; se simplificamos a imaginação, simplificamos a vida; e se simplificamos a vida, por que perder tempo com ela?
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